Pais nublado…
Há pessoas que são como nuvens, desaparecem e o dia fica mais luminoso. Tinha
prometido esquivar-me de falar mais aqui de políticos e politiquices. Não porque
não me interesse, mas porque cada vez
mais me revolta perder tempo a pensar em pessoas que me turvam o sol. Ainda
assim, não consigo evitar partilhar a
angústia nublosa que me assolada nos últimos meses. Sempre me considerei uma
pessoa positiva, que evita o lado sombrio das coisas e das pessoas, mas
confesso que não consigo ver nada de auspicioso neste caminhar para o futuro de
um país cujo governo reduz os apoios sociais para combater a fraude, mas não
condena os corruptos; resume os orçamentos para a saúde, educação e cultura,
devido a desperdícios, mas não se preocupa em encontrá-los; que ao invés de dar
o exemplo positivo para o sector privado, põe e dispõe nas regras laborais e as
torna injustas e desumanas; que não se preocupa em procurar soluções para o
desemprego gritante, nem investe em incutir vontade de excelência… e que
passados nove meses de governação, continua a pedir sacrifícios que não abrem
caminho a não ser para desnorte…”quem não sabe para onde vai chega onde não
quer”… diz-se por aí. Enquanto
houver pessoas , ideias e projetos interessantes, caminharei na esperança que um dia se dissipem as nuvens negras
de políticos desumanos e neoliberais, deixando o céu limpo para o sol de um país
que brilhe justo para todos.
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