Ideias desarrumadas, arrumadas ou por desarrumar...
"escrever é arrumar as ideias"

Fernando Pessoa

sexta-feira, 2 de março de 2012

Semear para colher


Semear para colher

O excelente concerto dos Nice Weather For Ducks do passado sábado, no Teatro José Lúcio da Silva deu-me o mote de hoje, altura em que amadureço ideias sobre desenho de territórios, cidades criativas e potencial decorrente das dinâmicas da criatividade, para o sucesso económico e desenvolvimento sustentável.

Olho Leiria e vejo talentosos músicos consagrados e emergentes, profissionais criativos altamente qualificados e de renome internacional, vejo Sílvias Patrício e Sandrines Vieira e Paulos Kellerman e Moreiras, associações culturais com projeção dentro e fora de portas, instituições de utilidade pública pautadas pelo serviço à comunidade com base na cultura e nas artes, fotógrafos premiados, editoras, coreógrafos, atores, jovens empresários : enólogos, designers, marketeers, arquitectos, produtores; especialistas em informática, software e novas tecnologias, free lancers, e tantos outros que não me ocorrem agora ou simplesmente desconheço. Profissionais que primam pela inovação, criando oportunidades e o próprio emprego, mostrando valor e de mérito reconhecido. A todos vós, parabéns pela persistência e força de vontade!

Hoje escrevo para as regiões e poder local: Apostem na cultura, inovação, tecnologia e criação de condições para a fixação de profissionais criativos; transformem edifícios devolutos, estádios desocupados, e monumentos ao abandono em laboratórios de criatividade, propiciando a partilha de ideias, num frenesim de saberes transversais, conducentes também a um refresh do comércio e da indústria local. Invistam forte acreditando na cultura e na inovação como pontos de partida para o sucesso. Porque é preciso semear para colher!

Pieguices !








Não sou piegas!

Compreendi cedo e agradeço aos meus pais por me incutirem o valor das coisas. Profissionalmente aprendi a pautar-me pela exigência, rigor e vontade de excelência com um Senhor chamado José Ribeiro Vieira, que me ensinou a importância de brilhar com luz própria. Lutei por querer mais e melhor ,por ser uma cidadã mais atenta e informada.

Estudei e trabalhei ao mesmo tempo, envolvi-me em projectos por altruísmo e pela utopia de um futuro de progresso e um amanhã melhor para mim e para os outros. Paro pouco e envolvendo-me em mil e um afazeres, tento colocar a minha alma e coração naquilo que faço. Quero trabalhar e estudar mais, porque valorizo o conhecimento como alimento para o espírito e antídoto para a mediocridade.Como eu, milhares de jovens adultos da minha geração lutam por um futuro melhor, querem implantar saberes no seu local de trabalho, querem estabilidade e ser reconhecidos pelos valor e mérito próprios. Querem oportunidades para levar Portugal em frente! Sem ser patriota gosto do meu país, mas angustia-me a previsão de um futuro sombrio.

Assola-me a certeza de uma regressão sem travão à época medieval e ao pré 25 de Abril. Parece que Portugal está pobre e os Portugueses ainda não se aperceberam… Eu digo que ao invés disso, Portugal se pauta pela injustiça, desmotivação geral e pela pobreza de espírito de lideres que não sabem liderar!